Sunday, July 17, 2005

Lisboa 3 - Ubiquidade

Dia 2: Jantar no Hua-Ta-Li, restaurante chinês ao Campo das Cebolas.

Ao longo da minha vida, já fui a muitos restaurantes chineses, mas só gostei de um (pá, sou um gajo exigente), e é este mesmo.
A comida até não é má: tem crepes fritos (estaladiços, e vão melhor com molho doce, pedido à parte, sem custo acrescido), tem gambas fritas, tem Pato À Pequim (frito), tem massa frita, e desconfio que passam o arroz Chow-Chow à frigideira.
O serviço é mesmo bastante rápido, principalmente a bica ao fim da refeição. Devem usar alguma técnica da velha sabedoria chinesa para tirar as bicas, porque pelo método tradicional, simplesmente não dá tempo. Ou isso, ou o café é frito.

'Por favor, não fritem isto!'

Mas o melhor deste chinês é a sua localização.
Mesmo do outro lado da rua está o Restaurante Gaúcho, que apesar de ter 'restaurante' no nome, para mim há anos que é sinónimo de cerveja barata, com um ambiente e clientela manhosa, ao nível das melhores tascas portuguesas (de notar que, apesar de já o frequentar há alguns anos, o seu horário de funcionamneto é, para mim, das 22h às 02h, pelo que, não faço ideia do que lá se passa fora dessas horas.
E como se não fosse suficiente, para ter uma noite em cheio, jantar num restaurante chinês e depois atravessar a rua para beber umas loiras, há sempre a hipótese, se houver estomâgo, de subir o Beco do Arco Escuro, e se esparramar no Aguarela, um bar com um estilo meio underground, meio inclassificável.


np: "Jiu Kuang (The Drinking Song)", Yao Gongbai.