Saturday, February 05, 2005

Update fever

Pois, eu sei, eu sei.



Manter um blog dá cá uma canseira...



A verdade é que tenho andado a pensar em maneiras de formatar o blog e, como era de esperar, não tenho feito nada.






Ando a ler:



The Sands Of Mars, de Arthur C. Clarke. Acho que é o primeiro romance deste grand master da Ficção Científica, e... nota-se. Ainda vou no primeiro terço do livro, mas parece mesmo uma primeira tentativa para escrever um romance em que o autor decidiu play it safe, ie, não há rasgos de criatividade, não há brincadeiras de experimentalismos. Até agora tem sido um pouco morno, mas não mau. Mas ainda é cedo. Vou esperar para ver.



ceci n'est pas un pipe



O Homem que Confundiu a Mulher com um Chapéu, de Oliver Sacks. O autor é neurologista e, é provavelmente mais conhecido por ter escrito o livro Awakenings que deu origem ao filme com o mesmo nome e que contava com as interpretações de Robin Williams e Robert De Niro (um filme que não vi). Segundo me parece, esse livro era baseado em casos reais de pacientes com problemas neurológicos, e este também trata do mesmo assunto. O que será que nos faz humanos?






Ando a folhear:



The Rough Guide to Jazz, de Ian Carr, et al, 3ª edição. Entre todos os guias enciclopédicos sobre jazz, decidi escolher este, não me lembro porquê. Não estou arrependido, mas ainda vou a tempo. De qualquer maneira, tenho aprendido algumas coisas.






Tenho ouvido no carro:



Milk Man, dos Deerhoof. Um disco bastante agradável, com influências no-wave, mas com um nível baixo de agressividade.



Blueberry Boat, dos irmãos The Fiery Furnaces. Um disco um pouco barroco na sua obsessão por pormenores, que chega a lembrar (por isso mesmo) o Lil' Beethoven dos Sparks. Um disco que ouve-se bem, pelo menos por enquanto.



Sung Tongs, dos Animal Collective. Muito bom. Ao ouvir este disco, fico com a impressão que foi gravado por um grupo de lunáticos, enquanto estavam a acampar.



Funeral, dos The Arcade Fire. Às vezes faz-me lembrar Pixies, às vezes faz-me lembrar David Bowie, ponho sempre o volume alto quando está a tocar. Tem algumas canções muito boas, outras nem tanto. Mas as boas fazem valer a pena.





Frank, de Amy Winehouse. Parece que a piquena é ligeiramente precoce (acho que tinha 18 anos quando gravou isto). No geral é um disco "jazz vocal" com as melhores influências das chamadas "novas tendências". Gosto principalmente das primeiras 2 músicas.





When Did You Leave Heaven, de Lisa Ekdahl. Jazz vocal clássico, mas frio - a voz que veio do frio do Norte?

Lisa Ekdahl interpreta alguns standards de jazz com uma postura delicada e uma voz, por vezes, ameninada. Destacam-se os temas "My Heart Belongs To Daddy", "It's Oh So Quiet" e "You're Gonna See A Lot Of Me", em que a sua interpretação é, a meu ver, simplesmente perfeita.