Ciao!

Eu vou mas é prá Itália.




np: "Good Fortune", PJ Harvey.

Acção!

Depois de muito reflectir, decidi passar à acção.
Comecei a ir a um ginásio, para fazer exercício. Nunca tinha ido e nunca encarei a ideia com bons olhos. Mas vou continuar... à experiência.




np: "A Little Less Conversation (JXL Radio Edit Remix)", Elvis Presley.

Com amigos destes...

[Matthew Bower sobre os The Skaters (citado na The Wire de Agosto):

When they played in the magical California night, our jaws dropped as they turned into, and rode, and drew magical designs upon a beautiful wave of tuning, honing on the one sound... They were totally possessed by the sound and focused upon it, dwelling happily under it like a waterfall. To be possessed by the music can be a very bad thing, leading to all kinds of gratuitous wallowing; but when in pure service to the wild spirit of the music, it is very life affirming to behold.]

... ninguém precisa de críticos.
É o suficiente para despertar a curiosidade de qualquer um.

np: "01", Hototogisu.

Os prestidigitadores

Os irmãos Grimm eram dois estudantes de direito que decidiram a certa altura recolher as histórias do seu povo e editá-las, sendo graças aos seus esforços que chegaram até nós a maioria das histórias de fadas que conhecemos (apesar de que, digo eu, se não tivessem sido eles, seriam outros; as histórias é que também podiam ter sido outras).
N'Os Irmãos Grimm, Terry Gilliam decidiu tornar as coisas um pouco mais interessantes, pondo os irmãos como criadores ou fantasiadores (ie, pegam nas histórias conhecidas e dão-lhe uma dimensão mais assustadora) dessas histórias... até que eles próprios são arrastados para dentro de um conto de fadas verdadeiro.



O filme passa-se numa Alemanha sob o jugo dos franceses, em plenas invasões napoleónicas, de modo que é um pouco estranho (e dá-lhe uma certa graça) ver esta subversão de invasores e invadidos.
O ambiente é negro mas com um toque de humor, no estilo do que o realizador tem-nos habituado, principalmente com Brazil.
Algumas cenas podem parecer um pouco cruéis, mas a vida não é um conto de fadas.

np: "Safe From Harm", Massive Attack.

Câmaras-Estado

Parece-me uma maneira fácil de desenvencilharmo-nos de culpa, ao atribuí-la aos meios de comunicação social, apontando-os responsáveis pela eleição de três dos célebres candidatos-arguidos. Mas então, quem culpar? Resposta difícil: o sistema.
Estas pessoas não apareceram por acaso: foram criadas pelos partidos a que pertenciam e pelo que estes permitem.
Mas os erros (ou enganos) não se resolvem pela atribuição de culpa e, se é certo que não devem ser encarados de ânimo leve, o mais importante é que não se repitam.

O certo é que foram eleitos, para mal de, não só quem votou neles, mas todos nós. Uma vez que uma parte (em alguns casos, grande) do orçamento das câmaras é providenciado pelo Estado, estes autarcas vão estar a gerir uma parte do dinheiro de cada contribuinte do país.

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Reunião de vereadores (um dia qualquer):

Vereador: Onde é que está o dinheiro da Câmara?
AutarcadePoucosEescrúpulos (levantando um saco azul): Contei-o ontem, meti-o dentro deste saco e guardei-o no cofre.
V (apalpando saco): Está vazio!
AdPE: Mamarem ele!


np: "Conspiracies (feat. Kool Keith & Kut Masta Kurt)", Material.

Futuro = Passado

Admito que, para quem está no meio de um partido, principalmente numa lista camarária ou de junta de freguesia, a disputa destas eleições terá sido um grande desafio, com grandes expectativas.
No entanto, desconfio que todos os outros comuns mortais não verão grandes diferenças entre o panorama político do país de Sexta-Feira para o de Segunda-Feira.
Abstenção no Funchal: 48%. Neste caso se calhar faz mais sentido falar em abstenção de castigo ao actual governo do que em votos de castigo ao mesmo.



np: "Little Acorns", The White Stripes.

Ó Manjerico, ó i, ó ai

Convém ficar atento a quem tem bom gosto.
É assim que se conhecem os bons restaurantes, como O Manjerico, nos Prazeres, por exemplo.



Lá, enquanto somos sempre bem recebidos pelo Sr. Ferraz, podemos ter a certeza que a sua esposa está a preparar as mais saborosas iguarias, quer para servir como entradas (das quais destaco os pastéis de bacalhau e os cogumelos fritos com maionese), quer como prato principal.
Já lá tinha degustado a picanha com nozes e o cabrito recheado. Desta vez regalá-mo-nos com uma travessa de carne de porco recheada com ameixas e cogumelos e uma galinha recheada com várias coisas.
O vinho vem sempre a critério do dono e, se antes costumava ser o Dona Ermelinda, desta vez foi outro que não me lembro o nome (o que só o recomenda).
A sobremesa era um pudim, caseiro, de queijo, e melhor não podíamos pedir. Eu, que não me jogo muito para pudins, dei-lhe duas talhadas.
Claro que depois de tudo isto, ninguém tem pachorra de ir para casa ler o que um gajo barbudo escreveu há mais de cem anos sobre três irmãos ligeiramente parricidas.

np: "Many Things", Maher Shalal Hash Baz.

Nomes complicados

Quando comprei este disco dos Maher Shalal Hash Baz, não tinha mínima ideia do que esperar.
Não encontrei cá, por isso mandei vir de fora. Chegou e não servia na aparelhagem. Ficou na prateleira meio esquecido até que me lembrei de "ripá-lo" a ver se dava alguma coisa no computador. Foi há uns 2 anos mais ou menos.
Continuo sem saber grande coisa sobre eles (ele?), mas também não estou muito interessado.
Imagino-os assim: um gajo japonês, que veio viver para a Escócia há pouco tempo atrás e que passou o seu primeiro ano na nova terra a aprender música, inglês e a fazer novos amigos; ao fim de um ano lectivo resolvou editar um disco a que chamou From A Summer To Another Summer.



A música, essa sim, interessa-me muito.
O disco começa e acaba com versões diferentes de "Unknown Happiness" (discutivelmente, só um japonês se lembraria de um título destes), com ainda outra versão da mesma música pelo meio (as duas primeiras cantadas . Não são "fillers", não se pode dizer que uma versão seja melhor que a outra, embora note-se um desenvolvimento ao longo do disco. Este desenvolvimento nota-se, não só nas versões desta música, como no disco como um todo.
Sempre que oiço, fico meio hipnotizado por essa música adulta que parece de crianças e que me lembra as tardes grandes em que dava o Conan na televisão.
Recentemente, descobri ainda que serve perfeitamente de banda sonora, nestas tardes outonais para ler o que um gajo barbudo escreveu há mais de cem anos sobre três irmãos ligeiramente parricidas.

np: "Unknown Happiness", Maher Shalal Hash Baz.

Equador

Cheguei a pensar em ler o Equador, de Miguel de Sousa Tavares.
Agora, já não me apetece.

np: "Intellectural Proptease", T-Love.

intitulado

Em conversa com Judite de Sousa, Jerónimo de Sousa (não, que eu saiba não são parentes) soltou uma frase mais ou menos como: o Bloco de Esquerda não tem ideologia, apenas tem bandeiras.

É por estas e por outras que poucos levam os bloquistas a sério.



np: "Son Of The Damned", Bathory.

É dia de hastear a bandeira

Bem, pelo menos um pedacinho.
A exibição da equipa não foi grande coisa, mas vamos estar na Alemanha.
Devo dizer que, para mim, perde um pouco a piada saber que a seleção já está apurada para uma competição internacional, sem ter que recorrer a contas complicadas de quem é que tem que perder, empatar ou ganhar.



np: "A Portuguesa", Alfredo Keil/Henrique Lopes de Mendonça.

Panaceia

Segundo notícias recentes, aproxima-se uma pandemia.
Não se sabe de onde, não se sabe como.
Sabe-se que acontecem em períodos que variam entre os 10 e os 40 anos, pelo que, a próxima está iminente.



É reconfortante saber que, para Portugal, estão a ser estudados cenários com vários níveis de gravidade, sendo que, no menos grave, são previstos cerca de 4 mil mortos.
Um dia destes vamos andar à roda.

np: "Here Comes The Flood", Robert Fripp.