Oitavo dia
Progresso
Já há uma semana sem fumar.
Segundo o Sharemeter, foram 176 cigarros que não fumei. Não lhes sinto a falta.
Continuo a tomar o café de manhã, continuo a sentar-me à varanda do apartamento ao entardecer e à noite, continuo sem lhes sentir a falta (bem, não muito).
Para ser sincero, nos momentos de ócio, olho para o bolso da camisa. Mas já não os trago comigo. Dei-os à minha namorada.
A saga continua.
Leituras
Ando a ler o Camp Concentration de Thomas M Disch.
É um livro de ficção científica, onde a acção passa-se num daqueles complexos subterrâneos ultra-secretos que há aos pontapés nos EUA.
O protagonista vai lá parar, involuntariamente, e serve de cobaia numa experiência, cujo objectivo é tornar mais inteligente quem participa nela (pelo menos, é assim que é definido pelo autor - a mim parece-me que eles ficam mais cultos, não necessariamente mais inteligentes). De qualquer maneira, acho que era uma coisa espectacular, se a experiência resultasse mesmo. E funciona!!! Mas... as cobaias acabam sempre por morrer ao fim de nove meses de experimentação.
Ora, devido à natureza deste livro, há muitas citações de outros autores, desde São Tomás de Aquino até Thomas Mann, incluindo esta, que para mim foi surpreendente:
"Whenever I hear the word culture, I release the safety catch of my Browning.")
e é atribuída a Hans Yost que, também segundo o Camp Concentration, era (um dos?) líder(es?) da juventude Nazi (? - alguma instituição de caridade, talvez - ?).
E foi surpreendente porque já a tinha ouvido antes (ou lido - como na altura não existiam blogs não posso precisar nem onde nem quando) mas, atribuída a outro autor e originalmente em português (ou melhor, em brasileiro). Tenho a impressão que foi num dos artigos que o Miguel Sousa Tavares escreve para o Público à sexta-feira, o autor da frase era um Coronel brasileiro (não me lembro do nome) e a frase era mais ou menos assim:
Sempre que oiço falar em Cultura, puxo logo de minha pistola.
Achei esta curiosidade interessante e resolvi partilhá-la.
Outros livros que estou a ler:
- GEB, de Douglas Hofstadter.
- The Hitchhiker's Guide To The Galaxy, de Douglas Adams (este estou a ler muitoooo devaaagaar, não estou a gostar muito).
- Balada da Praia dos Cães, de José Cardoso Pires (é o primeiro dele que estou a ler - ainda vou mesmo no princípio).
- às vezes leio um ou outro conto do Lovecraft. Já li alguns.
Discos que tenho ouvido:
- Filmworks XIII - Invitation To A Suicide, de John Zorn. É muito bom, não me canso de ouvi-lo.
- Scelsi Morning, de Marc Ribot. Tenho ouvido às vezes. Já ouvi melhor deste guitarrista.
- Goyrl: Destiny, de Wolf Krakowski. Um disco de blues, em judaico. É bastante agradável ao ouvido mas, ainda não o ouvi atentamente do princípio ao fim.
No carro:
- Die Like A Dog, de Peter Brötzmann, et al. Excelente. Não me canso disto.
- Franz Ferdinand, dos Franz Ferdinand. Já tinha saudades de ouvir indie, afinal foi a ouvir isto que cresci. É pena só ter 2 ou 3 músicas MUITO BOAS, mesmo.
- Elephant, dos White Stripes. Uma boa surpresa. Como um todo, gosto mais deste lado da cassette do que do lado dos Franz Ferdinand.
Filmes que vi recentemente:
- Spider-Man 2 - recomendo vivamente.
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